"Os feias que me perdoem, mas beleza é fundamental"

Esta famosa frase de Vinícius de Moraes, embora politicamente incorreta, é excelente para explicar a evolução do homem sob a lógica do gradualismo ortodoxo darwinista. E para isso sirvo-me das diversas gravuras, as quais abundantemente povoam o fértil imaginário dos devotos de Darwin.

Se atenteramos bem a árvore genealógica humana, como aquela divulgada na Wikipédia, notamos que a evolução seguiu-se num movimento ou marcha para adiante, sempre progressivamente. O homem, saindo de uma forma menos organizada, avança rumo ao ápice de sua evolução, muito bem refletido no branco europeu, preferencialmente os ingleses com o cérebro superior a 1.500 gramas.

Nos primórdios da Teoria da Evolução, o conceito de “mais evoluído” estave sempre associado à idéia de progresso e civilização. Darwin ao ver pela primeira vez os fueguinos, considerados por eles como selvagens e incivilizados, escreveu: “Jamais esquecerei o espanto que tive quando pela primeira vez vi uma reunião de fueguinos numa praia selvagem e impérvia, diante da ideia que logo me veio à mente — assim eram os nossos antepassados. Esses homens estavam completamente pelados e tinham o corpo pintado, com os longos cabelos emaranhados, as bocas espumavam de excitação e tinham uma expressão selvagem, apavorada e cheia de suspeita. Malmente tinham alguma arte e viviam como animais selvagens daquilo que conseguiam capturar e eram impiedosos com o que não fosse da sua tribo. Quem tiver visto um selvagem em sua terra nativa não sentirá muita vergonha se for constrangido a reconhecer que em suas veias corre o sangue das mais humildes criaturas” (“A Orogem do Homem e a Seleção Sexual”, Hemus Editora, 1974, p. 711).

Outro aspecto interessante sobre esta questão, refere-se a evolução em termos de estética. A beleza vai progredindo segundo o aumento da inteligência e o desenvolvimento do cérebro (na época de Darwin, por exemplo, era muito comum ligar-se o tamanho do cérebro ao nível de inteligência da pessoa. Paul Broca e Francis Galton sabiam que alguém era civilizado baseando-se no peso e na dimensão de sua cachola).

De Lucy até Emma, a beleza passou por pequenos e variados estágios. Quanto mais antiga é a espécie de hominídeo, mais esteticamente feia ela vai se representar nas gravuras. À medida que se aproxima a civilização, as feições vão ganhando cotornos mais harmoniosos, ao mesmo tempo em que se distianciam de suas primitivas características semiescas. Até que o homem, por fim, consegue chegar ao topo da civilização, ao cimo da evolução: Inglaterra e Charles Darwin!

É isso!

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